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Categoria: Geral
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Criado em 17 Outubro 2017
O bresciense Eduardo Barbieri, Engenheiro Mecânico e de Petróleo que reside atualmente em Santos/SP, fez uma viagem pela América do Sul nas suas férias deste ano. Nesta entrevista, ele conta sua impressão dos lugares que conheceu e conta um pouco sobre cada um deles.
Jornal Nova Bréscia - Como foi a escolha do destino desta viagem?
Eduardo - A América do Sul tem locais fantásticos para conhecer, tanto do ponto de vista cultural quanto de belezas naturais. E todas a as pessoas com quem eu conversava e que já haviam feito viagens pelo nosso subcontinente sempre me davam ótimas referências. Assim, foi uma mistura de curiosidade natural pelos nossos vizinhos com o próprio custo, que é mais em conta que viajar para a Europa por exemplo.
JNB - Quais lugares conheceu? (Fale um pouco sobre eles)
Eduardo - Eu visitei o Peru e o Chile. No Peru, conheci Cusco, Machu Picchu e Lima, e no Chile fui a San Pedro de Atacama e Santiago.
Cusco foi a capital do Império Inca, então existem vários sítios arqueológicos para visitar, e todos bem preservados (na medida do possível, pois durante a colonização espanhola muitas estruturas foram destruídas). A altitude é grande (cerca de 3500 metros), demora alguns dias para acostumar, atividades simples cansam bastante e às vezes dá dor de cabeça, mas o chá de coca dá uma boa ajuda.
Machu Picchu dispensa muitos comentários, basta dizer que é uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno, e realmente faz jus a esse título. É um local mágico e merece ser visitado por quem tem condições (independentemente da idade da pessoa, é de fácil acessibilidade).
Lima não tem tanta influência Inca. É uma típica capital Sul Americana. Um tanto caótica e desorganizada, porém com um ponto bem positivo e não muito conhecido no Brasil: a culinária. A cidade é capital gastronômica da América Latina, e uma das mais importantes do mundo nessa área. É possível comer muito bem por preços justos. Vale a parada.
San Pedro de Atacama é considerada a “capital” do deserto de Atacama. É o ponto de partida para fazer todos os principais passeios no deserto. É uma cidade bem rústica, propositalmente, para preservar a história do local, porém muito aconchegante e cômoda.
Santiago achei muito bonita. Tem um ar bastante europeu, com avenidas largas e arborizadas, arquitetura europeia e parques lindos. Fica no sopé dos Andes, porém geralmente não é possível ver as montanhas, devido à poluição presente no ar. Embora eu não tenha visitado, muitas pessoas vão lá pela proximidade com as estações de esqui. Já eu fui mais pelas vinícolas, que são ótimas.
JNB - O Deserto do Atacama têm a reputação de ser um lugar com uma paisagem diferente de tudo que existe no mundo. Você tinha noção do quão impressionante era antes de ir?
Eduardo - Realmente, as paisagens lá são estonteantes. Eu já havia visto algumas fotos e na própria televisão, porém, estar no local é muito diferente. É uma aridez incrível, paisagens amplas, uma mistura de neve, lagos e o deserto mais seco do planeta. Aliás, em alguns momentos nem parece que estamos no planeta Terra, tamanha a singularidade das paisagens, refletindo inclusive no nome de alguns locais, como o Vale de Marte e o Vale da Lua.
JNB - Como foi o contato com a cultura de outro país?
Eduardo - Essa, na minha opinião, é uma das partes mais interessantes de todas as viagens. De uma maneira geral, não achei a cultura muito diferente da nossa, pois somos todos latino americanos. A comunicação também é facilitada, pois eles compreendem bem o português. O Peru, é um país extremamente subdesenvolvido, já o Chile acredito que seja o pais da região mais desenvolvido atualmente. Na cultura isso se reflete que os peruanos me pareceram mais informais e os chilenos mais sérios.
JNB - A viagem cumpriu com suas expectativas? Comente um pouco sobre o que significou pra você.
Eduardo - Superou todas as expectativas. Porém eu não costumo criar muitas. Fora a parte prática, como transporte e acomodações, eu não costumo planejar muito os passeios, gosto de descobrir na hora. Então, cada local que visitávamos, era sempre algo muito surpreendente. Aliás, essa palavra define muito bem as paisagens que vi e locais que visitei: surpreendente. A América do Sul é realmente incrível, e pretendo conhecer mais lugares. Recomendo.